Get In The Zone Britney Get In The Zone Britney: 'Paparazzo não é bicho', diz fotógrafo brasileiro que segue Britney

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Blog dedicado a cantora Britney Spears.

terça-feira, abril 22, 2008

'Paparazzo não é bicho', diz fotógrafo brasileiro que segue Britney

Eles têm jornadas de trabalho que duram de 12 a 16 horas diárias e passam seus dias sempre no mesmo lugar, esperando pela mesma pessoa: Britney Spears. Um grupo de sete fotógrafos brasileiros se especializou em seguir os passos da diva pop e assim vem ganhando a vida nos últimos anos, em Los Angeles.


A reportagem do G1 passou uma tarde acompanhando esses fotógrafos. Com carros e equipamentos tão caros quanto potentes, eles se dividem a norte e sul da entrada do condomínio de luxo em que Britney vive em Beverly Hills e, pacientemente, esperam por ela. Quanto tempo for necessário. Na primeira suspeita de movimentação da cantora, disparam em perseguições que muitas vezes não rendem nada.

Conhecem os hábitos da princesinha do pop, seus seguranças, as placas de seus carros e, claro, todos os seus problemas. Nesta entrevista, lembram do dia em que flagraram Britney raspando a cabeça e falam do choque que foi, até mesmo para eles. Defendem a profissão que lhes rende até US$ 5 mil mensais, dizem que têm ética e que, apesar de serem malvistos, não são “bichos”.“O paparazzo é uma pessoa que quer pegar uma foto, que se dedica a um trabalho, que quer apostar no próprio talento”, diz Felix Filho.

Nascido em Porto Alegre, Felix, 35 anos, vive nos Estados Unidos há dez anos. Estudou jornalismo, mas não terminou a faculdade. Decidiu ir para os Estados Unidos “juntar uma grana”, trabalhou como manobrista, entregador de comida, acabou ficando e não pensa em voltar. O mesmo acontece com Fabrício Mariotto, 29 anos, que viajou para a Califórnia atrás de boas ondas para surfar e não titubeou ao largar a carreira de piloto comercial em que estava investindo no Brasil.

Ambos fazem parte da grupo de paparazzi MBF, associado à agência X-17, a maior no ramo de venda de fotos de celebridades para as revistas. Leia, abaixo, trechos da entrevista que ambos deram ao G1.

G1 – Como é o trabalho de um paparazzo?
Felix - O paparazzo não é aquele cara que fica na frente da celebridade ‘shootando’ [disparando a câmera]. O paparazzo é aquele que não é visto, ele segue sem ser notado, ele tem discrição, ele não incomoda nos lugares aonde vai.

G1 – Porque se a pessoa souber que está sendo seguida, ela não vai fazer nada que renda uma boa foto, é isso?
Fabrício – Na verdade, isso já não acontece muito. Eles [celebridades] já não fazem mais nada de errado.

Felix – O que acontece é que eles vão fazer atividades com a família na praia, por exemplo. Claro que o nosso foco é tentar um furo [no caso, uma foto exclusiva], mas já não acontece. É muita precaução, é muito dinheiro envolvido. Quem quer trair a esposa vai a um motel. Então, a gente trabalha em cima do que tem, que não é muito, mas alimenta as revistas. E ainda temos concorrência com Nova York, com Londres, com Paris, com Austrália.


G1 – Há ética entre vocês?
Felix – Sim. Tem uma ética entre a gente, e a gente não se desrespeita. Isso acontece quando a gente está fotografando, quando estamos seguindo alguém e quando a gente tem que tomar uma decisão em comum. Temos prioridades a serem respeitadas: ter discrição, não ser agressivo, não incomodar a polícia, não deixar os civis bravos com a confusão, fazer tudo calmo, tranqüilo. O nosso comportamento é sempre esse: não estressar ninguém nos lugares e não competir entre a gente.

G1 – E qual é comportamento de vocês com a Britney?
Felix – A gente tem bom senso. Quando fica fora de controle é porque tem terceiros no meio. Todo mundo se conhece, todo mundo trabalha aqui todo dia, ninguém quer atrapalhar ninguém.

G1 – Mas a profissão de vocês é malvista. Vocês têm consciência disso, não?
Fabrício – Desde que a princesa Diana morreu, isso só piorou. As pessoas têm uma atitude ruim com a gente, às vezes.

Felix – Estamos num lugar, e as pessoas não deixam a gente trabalhar. Elas têm uma idéia de que o paparazzo é um bicho, e não é assim. O paparazzo é uma pessoa que quer pegar uma foto, que se dedica a um trabalho, que quer apostar no próprio talento. Se no McDonald’s eu ganhasse mais, ou a mesma coisa, eu trabalharia lá com o maior prazer, sem problemas.


G1 – Vocês não acham que eventualmente as fotos da Britney podem perder o valor?
Fabrício – Quanto mais normal ela tentar ser, mais novela se torna, porque as pessoas querem saber o que ela está fazendo. Ela já é famosa demais, ela não é famosa só porque faz besteira. Se você for ao Japão, ela tem um monte de fãs, se você for à Austrália, também. Ela tem fãs em qualquer cidade do mundo.

G1 – Então ela é uma celebridade eterna? Vai render para sempre?

Felix – Sob o foco do fotógrafo, que é vender fotos, há poucas pessoas nesse ramo que são "big hits", as celebridades maiores. Além da Britney, tem apenas Angelina Jolie e Brad Pitt, Jennifer Aniston, Katie Holmes, Tom Cruise e Suri.

Fabrício - O Tom Cruise sozinho não é muita coisa, tem que ser a família toda. Mas é muito difícil pegar. O cara é muito "ninja", ele tem cinco carros iguais.


G1 – A Britney faz estratégias para despistar vocês?
Felix – Ela tem os truques dela, o que faz a gente concluir que naquela hora ela não quer ser fotografada. Porque ela gosta da gente. E também precisa limpar a imagem dela. Esse fato de ela ir nessas academias populares, onde todo mundo pode ir, é um exemplo disso. Ela quer mostrar que está cuidando das crianças, da saúde e do trabalho.

G1 – E como é a relação dela com vocês?
Fabrício – Agora ela está se escondendo mais, e temos quase certeza de que é por causa do pai [por determinação da Justiça americana, Jamie Spears está responsável por todos os aspectos da vida de sua filha]. Ele quer tirar um pouco a atenção da mídia dela.

Felix – Ela estava [aparecendo] demais. A Britney ia pôr gasolina no carro, ela ia comprar remédio, ia buscar café. Ela não precisa disso. Passou a vida toda sendo protegida pela família, tendo um monte de profissionais em volta, gente competente, que cuidava dela. Ela nunca precisou fazer a maioria das coisas que ela andava fazendo, e isso atraiu muito a atenção da mídia. Chegou até ao ponto de raspar o cabelo.


G1 – Vocês que fizeram a foto, não? Como foi?
Felix - Foi o nosso sócio Luiz [Betat] que fez a foto. Ele foi para o local onde suspeitávamos que ela estava, ela saiu numa limusine, o Luiz viu e a seguiu. Quando ele me disse que tinha cento e poucas fotos dela [raspando a cabeça], na hora me deu até um troço. Eu acredito que realmente foi o nosso "big target" [o grande alvo] da vida. Ainda demorei alguns segundos para perceber o quão chocante era aquilo. A gente nem sabia o que fazer, na verdade.

G1 – Por quanto foi vendida essa foto?
Felix – Saíram muitos rumores de preços. A gente tem uma impressão de que ela foi vendida por uns US$ 500 mil. É que vem uma seqüência de números, a agência fica com parte do dinheiro, a gente fica com outra parte, temos que dividir por sete e ainda descontar taxa do imposto de renda. Então acaba vindo tudo pingado. Mas sabemos que ainda virão tempos difíceis, que talvez a gente não pegue nada durante um ou dois meses. Porque isso aqui não é a Disneylândia, não fica caindo um monte de celebridades na sua frente. Tem muita foto que você tira e ninguém dá a mínima, e acaba não vendendo nada.


Créditos: G1

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