ROLLING STONE: "Volta por cima? Óbvio demais para ela"
O mundo pop era uma geladeira de supermercado e não tinha como escolher: pudim de chocolate com calda de baunilha ou pudim de baunilha com calda de chocolate? Qual comer, Beyoncé ou Shakira? As duas eram tão igualmente gostosas... Eram! Até Britney Spears azedar com todas elas no último Video Music Awards: Fergie, Gwen Stefani, Christina Aguilera... Até Madonna! Não sobrou uma. Os prazos de validade expiraram todos em meros quatro minutos de Britney sobre o palco.
Com a expressão de uma replicante do filme Blade Runner, ela ridicularizou as coreografias pasteurizadas, subverteu o playback, achincalhou a ditadura da beleza, mangou da MTV, troçou de si mesma, zombou dos fãs, desentalou o pop, ao vivo para o mundo ver.
E o melhor, muitos jornalistas - aqueles que não sabem escrever e entrevistam quem não sabem falar para quem não sabe ler - estão tentando entender o que aconteceu até agora!
Pressão demais? Depressão? Despreparo? Desespero? Remedinho? Cachaça? Ou o salto quebrou? Até isso já alegaram. Você não viu? Acessa lá. É aí que está a beleza da façanha de Britney: tudo o que ela faz é revisto. É visto de novo, até ser encontrada a explicação para o inexplicável.
Ela é um mistério dos pés à cabeça. Das calcinhas - calcinhas? - às perucas. Sim, Britney é a primeira grande artista pop do século 21, porque é a única que bomba no mundo "youtubizado" em que a briga forjada para vender discos entre 50 Cent e o Kanye West não vai além do patético. É ou não uma pioneira? Volta por cima? Óbvio demais para ela. Britney deu uma volta em todo mundo ao protagonizar uma surpreendente volta por baixo em circunstâncias que um roteirista não se atreveria a imaginar nem em seu delírio mais selvagem: o cenário do bom sucedido "comeback" televisivo de Elvis Presley construído dentro de um hotel em Las Vegas onde anos depois o mesmo Elvis viveria a sua decadência.
Na enciclopédia do rock, esse momento deve constar no mesmo capítulo do Nirvana fazendo mímica no Top Of The Pops, do sid Vicious cantando "My Way" e do Jimi Hendrix executando o hino norte-americano daquela maneira... displicente. Só então Britney terá a justiça que merece.
Créditos: Rolling Stone
Com a expressão de uma replicante do filme Blade Runner, ela ridicularizou as coreografias pasteurizadas, subverteu o playback, achincalhou a ditadura da beleza, mangou da MTV, troçou de si mesma, zombou dos fãs, desentalou o pop, ao vivo para o mundo ver.
E o melhor, muitos jornalistas - aqueles que não sabem escrever e entrevistam quem não sabem falar para quem não sabe ler - estão tentando entender o que aconteceu até agora!
Pressão demais? Depressão? Despreparo? Desespero? Remedinho? Cachaça? Ou o salto quebrou? Até isso já alegaram. Você não viu? Acessa lá. É aí que está a beleza da façanha de Britney: tudo o que ela faz é revisto. É visto de novo, até ser encontrada a explicação para o inexplicável.
Ela é um mistério dos pés à cabeça. Das calcinhas - calcinhas? - às perucas. Sim, Britney é a primeira grande artista pop do século 21, porque é a única que bomba no mundo "youtubizado" em que a briga forjada para vender discos entre 50 Cent e o Kanye West não vai além do patético. É ou não uma pioneira? Volta por cima? Óbvio demais para ela. Britney deu uma volta em todo mundo ao protagonizar uma surpreendente volta por baixo em circunstâncias que um roteirista não se atreveria a imaginar nem em seu delírio mais selvagem: o cenário do bom sucedido "comeback" televisivo de Elvis Presley construído dentro de um hotel em Las Vegas onde anos depois o mesmo Elvis viveria a sua decadência.
Na enciclopédia do rock, esse momento deve constar no mesmo capítulo do Nirvana fazendo mímica no Top Of The Pops, do sid Vicious cantando "My Way" e do Jimi Hendrix executando o hino norte-americano daquela maneira... displicente. Só então Britney terá a justiça que merece.
Créditos: Rolling Stone
postado por Get In The Zone Britney @ 19:49
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